SARAIVA 13 |
- O Datafolha, patético: Dilma vai perder…para Lula!
- Barbosa passou dos limites em seu desejo de vingança
- Revistas Veja e Época escondem o narcotráfico de políticos de direita
- Dilma e Lula formam dupla imbatível para as eleições de 2014
- Aécio, Marina e Campos caem no Datafolha; Dilma dispara
- Datafolha mostra oposição desaparecendo no pó
- FOTO DO ANO
- Kotscho critica medievalismo do STF
- Arroubo tucano é pânico
- O Antigo Regime não perdoa Lula
- Moleque de Recados
- Joaquim Barbosa é o grande expoente do ódio
- Uma encrenca chamada Joaquim Barbosa
- Cenas censuradas pela Globo: "Cocaína em helicóptero de deputado e senador, não tem dono"?
- Flagrante mostra típico leitor da Veja em ação na Avenida Paulista
- A mídia e o mensalão
- O futuro da Abril e das grandes empresas de mídia
- Charge online do Bessinha
- CRUEL COM JOSÉ GENOÍNO, MINISTRO JOAQUIM BARBOSA MANDA FAZER PERÍCIA EM ROBERTO JEFFERSON ANTES DE PRENDER
- BOMBA DE GASOLINA - REAJUSTADO PREÇOS DO DIESEL E DA GASOLINA
- A opinião pública como gado
- Consultoria ligada a cartel doou para tucanos
- Quatro dicas para uma classe média menos bitolada e mais antenada
- Fundamentos da economia são as pessoas, ó turma do tripé…
- Juliana, boa noite ou melhor, madrugada
Posted: 30 Nov 2013 03:07 PM PST
30 de Novembro de 2013 | 18:11 Autor: Fernando Brito
O conservadorismo está mais perdido, como dizem os gaúchos, que cachorro que caiu de caminhão de mudança. A pesquisa Datafolha, na falta de um candidato viável para enfrentar Dilma Rousseff, arranjou um nome: Lula! Não é preciso nada, senão uma palavra: ridículo. Como registrou o Miguel do Rosário, aí em baixo, a Presidenta vence no primeiro turno em todos os cenários, exceto os que os “sombras” Marina Silva e José Serra tomam o lugar de seus “candidatos postos” Eduardo Campos e Aécio Neves. O Datafolha a não apresenta uma pesquisa, mostra uma inviabilidade. E uma ameaça. A UDN, que não é de nada em eleições, é ótima em manipulações e golpes. E sempre teve sua “banda de música”, que fazia discursos “esquerdistas” e “populares”. De agora até a Copa, não teremos uma disputa política, teremos uma conspiração. O marqueteiro boquirroto que falou que teríamos um “duelo de anões” na oposição estava redondamente enganado. Os anões políticos estão todos juntos, unidos. Juntos e sós. Desesperados e perigosos. Do Blog TIJOLAÇO. |
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Posted: 30 Nov 2013 03:02 PM PST
A figura de Joaquim Barbosa faz mal à cultura política brasileira. Muito já se falou a respeito de como o atual presidente do Supremo conduziu o julgamento da Ação Penal 470, a que trata do “mensalão”. Salvo os antipetistas radicais, que ficaram encantados com seu comportamento e o endeusaram, a maioria dos comentaristas o criticou.
Ao
longo do processo, Barbosa nunca foi julgador, mas acusador. Desde a
fase inicial, parecia considerar-se imbuído da missão de condenar e
castigar os envolvidos a penas “exemplares”, como se estivesse no
cumprimento de um desígnio de Deus. Nunca mostrou ter a dúvida
necessária à aplicação equilibrada da lei. Ao contrário, revelou-se um
homem de certezas inabaláveis, o pior tipo de magistrado.
Passou
dos limites em seu desejo de vingança. Legitimou evidências tênues e
admitiu provas amplamente questionáveis contra os acusados, inovou em
matéria jurídica para prejudicá-los, foi criativo no estabelecimento
de uma processualística que inibisse a defesa, usou as prerrogativas
de relator do processo para constranger seus pares, aproveitou-se dos
vínculos com grande parte da mídia para acuar quem o confrontasse.
Agora,
depois da prisão dos condenados, foi ao extremo de destituir o juiz
responsável pela execução das penas: parece achá-lo leniente. Queria
dureza.
Barbosa
é exemplo de algo inaceitável na democracia: o juiz que acha
suficientes suas convicções. Que justifica sua ação por pretensa
superioridade moral em relação aos outros. E que, ao se comportar dessa
forma, autoriza qualquer um pegar o porrete (desde que se acredite
“certo”).
Sua figura é negativa, também, por um segundo motivo.
Pense
em ser candidato a Presidente da República ou não, Barbosa é um
autêntico expoente de algo que cresceu nos últimos anos e que pode se
tornar um grave problema em nossa sociedade: o sentimento de ódio na
política.
Quem
lida com pesquisas de opinião, particularmente as qualitativas, vê
avolumar-se o contigente de eleitores que mostram odiar alguma coisa
ou tudo na política. Não a simples desaprovação ou rejeição, o
desgostar de alguém ou de um partido. Mas o ódio.
É
fácil constatar a difusão do fenômeno na internet, particularmente
nas redes sociais. Nas postagens a respeito do cotidiano da política,
por exemplo sobre a prisão dos condenados no “mensalão”, a linguagem de
muitos expressa intenso rancor: vontade de matar, destruir,
exterminar. E o mais extraordinário é que esses indivíduos não
estranham suas emoções, acham normal a violência.
Não
se espantam, pois veem sentimentos iguais na televisão, leem
editorialistas e comentaristas que se orgulham da boçalidade. Os
odientos na sociedade reproduzem o ódio que consomem.
Isso
não fazia parte relevante de nossa cultura política até outro dia.
Certamente houve, mas não foi típico o ódio contra os militares na
ditadura. Havia rejeição a José Sarney, mas ninguém queria matá-lo.
Fernando Collor subiu e caiu sem ser odiado (talvez, apenas no confisco
da poupança). Fernando Henrique Cardoso terminou seu governo
reprovado por nove entre 10 brasileiros, enfrentou oposição, mas não a
cólera de hoje.
O
ódio que um pedaço da oposição sente atualmente nasce de onde? Da
aversão (irracional) às mudanças que nossa sociedade experimentou de
Lula para cá? Do temor (racional) que Dilma Rousseff vença a eleição de
2014? Da estupidez de acreditar que nasceram agora os problemas (como
a corrupção) que inexistiam (ou eram “pequenos”)? Da necessidade de
macaquear os porta-vozes do conservadorismo (como acontece com qualquer
modismo)?
Barbosa
é um dos principais responsáveis por essa onda que só faz crescer.
Consolidou-se nesse posto nada honroso ao oferecer ao País o
espetáculo do avião com os condenados do “mensalão” rumo a Brasília no
dia 15 de novembro. Exibiu-o apenas para alimentar o ódio de alguns.
A
terceira razão é que inventou para si uma imagem nociva à democracia.
O papel que encena, de justiceiro implacável e ferrabrás dos
corruptos, é profundamente antipedagógico.
Em
um país tão marcado pelo personalismo, Barbosa apresenta-se como
“encarnação do bem”, mais um santarrão que vem de fora da política para
limpá-la. Serve apenas para confirmar equívocos autoritários e
deseducar a respeito da vida democrática.
Marcos Coimbra
No Viomundo
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Posted: 30 Nov 2013 02:58 PM PST
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Posted: 30 Nov 2013 02:54 PM PST
“Segundo pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, na edição digital do diário conservador paulistano Folha de S.Paulo, a presidenta Dilma Rousseff cresce sobre seus adversários da oposição. Em um outro cenário, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele venceria em todas as possíveis hipóteses eleitorais em que aparece como candidato. Segundo a pesquisa, Dilma atinge 47% das intenções de voto, contra 19% de Aécio Neves (PSDB) e 11% de Eduardo Campos (PSB). Em outubro, Dilma pontuou 42% contra 21% e 15% de Aécio e Campos, respectivamente. O percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou indeciso continua em 23% desde outubro. Em outro horizonte, a petista teria 41% contra 24% de Marina Silva (PSB) e 19% de José Serra (PSDB). Em outubro, os possíveis candidatos tinham, respectivamente, 37%, 28% e 20%.O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, aparece em um dos cenários. Ele aparece com 15% das intenções de voto, contra 44% de Dilma, 14% de Aécio e 9% de Campos. O pêndulo de Dilma entre os interesses capitalistas e as conquistas populares também aparece na pesquisa, com dois terços dizendo preferir que “a maior parte das ações do próximo presidente seja diferente” das adotadas por ela. O percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou que se diz indeciso ficou inalterado em 23%, de outubro até agora. Ou seja, a petista cresceu extraindo votos dos dois adversários diretos nesse período e venceria no primeiro turno. A presidenta só não venceria hoje a eleição na primeira votação nos cenários em que Marina Silva aparece como candidata. Ocorre que a ex-senadora se filiou ao PSB e não é certo que vá concorrer como cabeça de chapa nas eleições do ano que vem. O ex-presidente Lula venceria a disputa no primeiro turno nos quatro cenários em que seu nome aparece – inclusive contra Marina e Serra. O Datafolha entrevistou 4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na sexta-feira. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.” |
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Posted: 30 Nov 2013 02:50 PM PST
Matéria do Tijolaço Os números do Datafolha, divulgados há pouco pela Folha, falam por si mesmos. Dilma disparou em todos os cenários. Seus adversários caíram em todos os cenários. O destaque vai para queda de Campos, já detectada em pesquisa recente do Ibope, mesmo com toda a mídia gerada com a adesão de Marina Silva à sua candidatura. Chama a atenção também a pontuação razoável de Joaquim Barbosa, presente no cenário E. O presidente do STF tem 15% das intenções de voto, mas aparentemente ele rouba votos de Aécio e Campos. Analisem e comentem. http://tijolaco.com.br/blog/?p=10732
Postado há 1 hour ago por FRAZÃO
Do Blog Justiceira de Esquerda.
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Posted: 30 Nov 2013 12:28 PM PST
![]() Ao longe se vê as candidaturas da direita Dilma cresce e oposição encolhe, aponta Datafolha
DE BRASÍLIA
De
junho para cá, os pré-candidatos a presidente fizeram o possível para
recuperar a popularidade perdida por causa do abalo provocado pelas
manifestações de rua em todo país. Por enquanto, só a presidente Dilma
Rousseff segue em trajetória ascendente. A oposição oscila entre bons e
maus momentos, e agora encolheu um pouco mais, segundo o Datafolha.
Dilma
ou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, lideram a
corrida presidencial em todos os cenários mais prováveis para 2014 --o
Datafolha testou nove combinações de nomes.
A presidente pontua de 41% a 47%, dependendo de quem são seus adversários. Lula oscila de 52% a 56%.
O
Datafolha entrevistou 4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na
sexta-feira. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para
mais ou para menos.
Apesar
do conforto momentâneo que oferecem a Dilma, os eleitores emitem um
sinal contraditório para a petista. Dois terços dizem preferir que "a
maior parte das ações do próximo presidente seja diferente" das
adotadas por ela.
Entre
todas as simulações com os nomes dos pré-candidatos, o cenário que
parece mais provável hoje é também aquele em que Dilma está mais bem
colocada. Ela tem 47% contra 19% de Aécio Neves (PSDB) e 11% de Eduardo
Campos (PSB). Em outubro, ela pontuava 42%. O tucano tinha 21% e o
socialista, 15%.
Nesse
cenário, o percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou que se
diz indeciso ficou inalterado em 23%, de outubro até agora. Ou seja, a
petista cresceu extraindo votos dos dois adversários diretos nesse
período. Ganharia no primeiro turno.
A
presidente só não venceria hoje a eleição na primeira votação nos
cenários em que Marina Silva aparece como candidata. Ocorre que a
ex-senadora se filiou ao PSB e não é certo que vá concorrer como cabeça
de chapa nas eleições do ano que vem.
Numa
das simulações, a petista fica com 41% contra 43% dos outros dois
adversários somados (Marina registra 24% e José Serra 19%). Mas Dilma
está se recuperando. Em outubro, tinha 37%, contra 28% de Marina e 20%
de Serra.
O
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, testado num
dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma,
com 44%, venceria no primeiro turno. Aécio teria 14%. Campos, 9%.
Diferentemente
de Dilma, o ex-presidente Lula venceria a disputa no primeiro turno
nos quatro cenários em que seu nome aparece --inclusive contra Marina e
Serra.
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Posted: 30 Nov 2013 11:30 AM PST
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Posted: 30 Nov 2013 11:22 AM PST
30 de Novembro de 2013 | 14:39 Autor: Miguel do Rosário
(Tradução: Confie em mim – o júri gosta de você). Esse post do Kotscho, publicado há pouco em seu blog, reflete uma coisa que eu também penso. O julgamento do mensalão foi tão grotescamente midiatizado, que os ministros aplicaram penas igualmente grotescas a personagens menores, que nada tinham a ver com as escaramuças pelo poder travadas pelas diferentes forças políticas. Os petistas presos podem ser inocentes dos crimes de que são acusados, mas ao menos eram protagonistas da luta política entre PT, de um lado, e oposição e mídia, de outro. Alguns réus, nem isso. Simone Vasconcelos, por exemplo, era secretária de Marcos Valério, e foi condenada a 12 anos por participar de uma “quadrilha” cujo maior objetivo era comprar o voto de deputados para que aprovassem a… reforma da previdência! Enquanto isso, Pimenta Neves, réu confesso no assassinato de sua namorada, ficou mais de dez anos livre; foi preso e agora está livre novamente. Enquanto isso, Arruda, personagem central no escândalo conhecido como “mensalão do DEM”, está livre, leve e solto e pensa em se candidatar outra vez. Enquanto isso, Simone, avó, tenta aproveitar ao máximo o banho de sol na prisão. * Toda a tristeza do mundo na foto da avó na prisão Simone Vasconcelos é a primeira à direita na foto. Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho. De tudo que li, vi e ouvi nas duas ultimas semanas sobre os prisioneiros do mensalão no Presídio da Papuda, nada me tocou mais do que a foto de Dida Sampaio, do Estadão, publicada na quarta-feira, mostrando toda a tristeza do mundo estampada no rosto de uma senhora de óculos escuros, que caminhava com uma garrafa de água na mão, no pátio da cadeia. O nome dela é Simone Vasconcelos e dela pouco se sabe, além do fato de ser casada, ter dois filhos e um neto, ex-funcionária da SMPB de Marcos Valério, encarregada de entregar envelopes com dinheiro a políticos em Brasília, e por isso condenada a 12 anos, 7 meses e 20 dias de prisão, pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Trata-se de uma pena maior do que a dos políticos condenados no processo. Ao fazer a sustentação oral no STF, no dia 7 de agosto do ano passado, o defensor de Simone Vasconcelos, Leonardo Yarochewsky, afirmou que a ré era “simples empregada, e o dinheiro não lhe pertencia”. Para o advogado, “isso remonta à idade medieval, em que o indivíduo era punido pelo Código de Hamurabi. O que mais se faz nesse processo é culpar pessoas pelo cargo que ocupavam, ou porque ocupavam cargo em determinado banco, ou em determinado partido, ou em determinada agência de publicidade”. Yarochewsky argumentou que Simone não conhecia nem sabia quem eram os parlamentares que recebiam dinheiro. “O que o patrão faz com o dinheiro não cabe ao funcionário questionar”. Até ontem, Simone estava presa, junto com Katia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, condenada a 14 anos e 5 meses de prisão, numa cela do 19º Batalhão da Polícia Militar, instalado dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, onde Dida Sampaio fez a fotografia que me chamou a atenção, no período de duas horas a que elas tinham direito a tomar sol. A cela tem beliches, um cano de água fria que serve de chuveiro e uma privada sem assento. Por ordem da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, anunciada nesta quinta-feira, as duas agora serão levadas para a Penitenciária Feminina da Colmeia, embora seus advogados tenham pedido transferência para Belo Horizonte, onde moram suas famílias. Simone quer trabalhar para reduzir sua pena e poder sair do regime fechado antes de completar 60 anos. No meu tempo, nem faz tanto tempo, dizia-se que uma fotografia vale por mil palavras e, como já escrevi mais de 400, vou parando por aqui, deixando apenas uma pergunta no ar: que perigo estas duas mulheres podem representar para a sociedade, a ponto de serem condenadas a penas de prisão tão longas, em regime fechado, enquanto homicidas e estupradores andam à solta por aí e mais de 800 políticos aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal? Com a palavra, os nobres ministros do STF. * PS Tijolaço: Eu conheço um pouco da história da outra mulher da foto, Katia Rabello. Era bailarina, não entendia nada de mercado financeiro. Os acertos com Marcos Valério foram feitos por sua irmã. Quando esta faleceu, Katia voltou de Londres para assumir o banco. Foi muito mal assessorada por Marcio Thomas Bastos, que ganhou R$ 10 milhões em honorários e entregou sua cliente às feras. Do Blog TIJOLAÇO. |
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Posted: 30 Nov 2013 11:13 AM PST
Atropelados
pelas denúncias, tucanos enfrentarão o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, em local apropriado para discutir o trensalão do PSDB.
Era
uma vez um bando de tucanos - como se sabe, o coletivo de pássaros é
bando. Empoleirados e empertigados, um ao lado do outro, eles se
esforçaram ao máximo para demonstrar altivez, unidade e indignação.
Sua
reunião mais parecia o quadro da Última Ceia, mas ainda não haviam
escolhido ninguém para Cristo. Negaram três vezes que estejam metidos em
maracutaias. “Não, não e não!”
Chamaram
a imprensa para fazer disso uma coletiva. Como se tivessem descoberto
alguma novidade, exibiram uma papelada tirada do sarcófago de uma
investigação, nunca levada adiante, sobre o escândalo do trensalão do
PSDB, carinhosamente apelidado de “caso Siemens”.
Provaram,
por “a” mais “b”, que alguém teve o desplante de traduzir “o governo
de São Paulo” por “governo do PSDB”. Onde já se viu? Onde se lê, em
Inglês, “pessoas do governo”, aportuguesaram para “tucanos”.
Definitivamente, alguém está querendo confundir as coisas.
Para
dar mais sobriedade ao encontro, o bando colocou no meio o candidato a
presidente, Aécio Neves. Alckmin e Serra não compareceram. Foi melhor.
Havia o risco de levantarem a mão na hora da leitura do documento e
dizerem “sou eu”.
Conforme
roteiro previamente ensaiado, esses descendentes mais próximos dos
dinossauros, fazendo jus à família do Tiranossauro Rex, rosnaram
ameaças, rogaram pragas e abriram a torneira de palavrões tirados do
Dicionário Carlos Lacerda de Golpes Abaixo da Linha de Cintura. Era para
cada membro do jogral proferir apenas um despautério, mas há sempre
quem quer aparecer mais que os outros. Esse, mais afoito, foi logo
chamando o ministro da Justiça de vigarista, sonso e membro de
quadrilha. Sempre ele, o tucano mais provocador e especialista em
promover dissensões, conforme uma qualificação dada por um companheiro
de partido.
Qual
não foi a surpresa quando o ministro da Justiça reagiu. Fazia tempo
que algo assim não acontecia. Parece, pelo menos até agora, que os
petistas resolveram finalmente sair da retranca. Dizem as más línguas do
jornalismo isento, aquele que se isenta de pagar impostos, que a
orientação partiu da própria presidenta.
Precisávamos
saber mais detalhes sobre que tipo de orientação terá sido essa.
Imagino algo como: “vá lá e mostre que não temos sangue de barata”.
“Chega de complexo de vira-latas”. “Manda brasa e depena esses
galináceos”.
E
foi isto o que o ministro fez, duas vezes. Da primeira vez, o
jornalismo isento (de impostos) deve ter dormido em metade da coletiva e
só acordou ao final. Perdeu e não divulgou o mais importante. No dia
seguinte, o ministro teve que voltar a repetir tudo e servir café quente
para aquecer as más línguas. Finalmente, eles ficaram atentos e se
dignaram a dar uma declaraçãozinha mais generosa.
"O
dia em que o ministro da Justiça aceitar ser chamado de vigarista,
sonso - no sentido de dissimulado, ou ser chamado de membro de quadrilha
e não reagir, ele não defende o seu cargo. Este é um cargo de Estado".
"Quem denuncia falso crime comete outro crime". “Isso é um vil
pretexto para criar uma cortina de fumaça sobre o fato de que o
ministro tinha os documentos e os encaminhou para a PF" [traduzindo:
Polícia Federal].
"Acho
lamentável que queiram transformar quem cumpre a lei em réu apenas
pelo fato de que existe uma investigação que, obviamente, existe desde
2008. A maior parte dos países em que houve esse escândalo já
investigou, já puniu pessoas envolvidas. O Brasil ainda caminha
lentamente"."É esse meu papel e de qualquer ministro da Justiça que não
quer ser um engavetador, como no passado já houve”.
Na
próxima quarta-feira (4/12), o bicho vai pegar. Cardozo vai falar em
audiência pública na Comissão de Segurança e Combate ao Crime
Organizado, local certo para tratar do trensalão do PSDB. Os tucanos
queriam que o ministro fosse ao Congresso, e não é que ele topou? Agora,
os tucanos precisarão fazer um esforço ou tomar um Lexotan para evitar
que sua irritação demonstre o pânico que transpira em bicas a cada vez
que o assunto é ventilado. Vai ser necessário muito arroubo. Caramba, e
como traduzirão arroubo?
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Posted: 30 Nov 2013 11:08 AM PST
O Ministério Público Federal, através de um parecer assinado por Marcelo Antônio Ceará Serra Azul, entrou com uma ação de improbidade administrativa contra Lula. A mesma ação já havia sido anulada pela Justiça, mas o MP apelou, e trabalha para que a denúncia seja aceita pela Justiça.
Tudo muito bem,
só que é importante a gente lembrar alguns episódios. E jamais
esquecer que o Ministério Público, que tem a nobre missão de combater a
corrupção e a incompetência administrativa, também tem seus
problemas.
O MP tem muitos
integrantes ilibados e valentes, mas há momentos em que aqueles que
cultivam rancores políticos e se associam a forças partidárias
conservadoras (para não dizer mafiosas), parecem predominar.
Serra
Azul, o procurador que assina o parecer contra Lula, por exemplo,
além do sobrenome de pirata, tem uma mácula em seu passado que, pelo
jeito, ainda não se apagou por completo.
Ele
acompanhava outro procurador José Santoro, quando este tentou
pressionar Carlos Cachoeira, a entregar uma certa “fita” que poderia
prejudicar José Dirceu.
O
escândalo foi parar no Jornal Nacional (que tentou, mesmo assim,
aliviar a barra de Santoro, ao lhe dar todas as chances de se explicar):
(O
vídeo acima foi editado por mim para mostrar somente a parte em que
Serra Azul é citado; a íntegra da matéria do Jornal Nacional está aqui).
Santoro não ocultava seus objetivos: atingir José Dirceu e “derrubar o governo do PT”.
O caso chocou parte da opinião pública, e obrigou o então procurador-geral da República, Claudio Fonteles, a entrar com uma representação contra três procuradores:
O
coordenador criminal do Ministério Público Federal em Brasília,
Marcelo Antônio Ceará Serra Azul, o procurador Mário Lúcio de Avelar,
bem como o sub-procurador, José Roberto Figueiredo Santoro, que
extrapolaram suas funções na investigação do caso Waldomiro, poderão
sofrer desde a pena mínima de advertência até a máxima, que seria a
demissão.
Os atos por
eles praticados afrontam “ao princípio do Promotor Natural e
improbidade administrativa na modalidade de violação do dever de
lealdade para com a Instituição”, no entender de Cláudio Fonteles,
procurador-geral da República, que, nesta quarta-feira (31/3),
encaminhou à Corregedoria-Geral do órgão pedido de abertura de inquérito
administrativo. (veja íntegra abaixo)Segundo Fonteles, ao
tomarem conhecimento, no dia 4 de fevereiro passado, das fitas
gravadas da conversa entre Waldomiro Diniz e o bicheiro Carlos
Cachoeira, que foram enviadas pelo senador Antero Paes de Barros
(PSDB-MT) com um pedido de investigação, deveriam ter encaminhado o
material para o primeiro grau. “Eles invadiram atribuições”, afirmou.
Na época, a senadora Ideli Salvati foi à tribuna expressar sua suspeita
de que Serra Azul estaria associado a Carlos Cachoeira, porque o
procurador havia “anistiado” a Gtech, da qual Cachoeira era sócio, e
jogado todo o peso do MP sobre a Caixa.
O próprio Dirceu também descobriu que Serra Azul entrara na Caixa para levar documentos, sem autorização judicial.
Uma
rápida pesquisa nos permite descobrir que Serra Azul integrava o
grupo de procuradores ligados à José Serra, do qual fazia parte Santoro,
Mário Lúcio de Avelar; na Polícia Federal, o serrista mais conhecido
era Marcelo Itagiba. Santoro, Avelar e Itagiba estiveram à frente, por
exemplo, do caso Lunus, onde Serra conseguiu a proeza de extirpar pela raíz a candidatura de Roseane Sarney.
(Digressão: assista essa denúncia
do deputado estadual Marcelo Freixo, que acusa Itagiba de ser um dos
nomes mais constantes na CPI da Milícia, e que a milícia no Rio de
Janeiro jamais cresceu tão rápido e matou tanta gente como quando
Itagiba esteve à frente da secretaria de Segurança.)
A
relação entre Serra Azul e Serra vem desde os tempos em que o tucano
foi ministro da Saúde e montou uma espécie de “central de inteligência e
contra-inteligência” no próprio ministério.
Matéria da Folha
de 31 de outubro de 2001 informava que o empresário Alexandre Paes dos
Santos, 47 anos, vivia um estranho pesadelo. Após comentar com uma
jornalista sobre um esquema dentro do Ministério da Saúde para forçar
empresários a colaborar no caixa de campanha de José Serra (seria um dos
“mensalões” de José Serra?), o procurador Serra Azul apareceu na sua
vida como um anjo vingador – em defesa de Serra. De possível
denunciante, Santos passou a ser investigado.
“O
procurador Marcelo Antonio Ceará Serra Azul, o ministro e o assessor,
segundo Santos, estariam invertendo a situação. No lugar de
investigarem sua denúncia de que existiria no ministério um esquema para
forçar empresários a colaborar com a caixa de campanha presidencial
de Serra, ele, Santos, é que passou a ser investigado por supostamente
levantar suspeitas que visam obter benefícios para seus clientes.
O
esquema do ministério seria, segundo o advogado Felipe Amodeo, um
crime de concussão (extorsão ou peculato cometidos por servidor
público no exercício da função). A acusação contra Santos é de
tentativa de extorsão.”
Essas
informações servem para alertar os cidadãos a olharem o Ministério
Público com o mesmo grau de desconfiança que tem contra o Legislativo e
o Executivo. O jogo pesado de poder e a corrupção estão tão
entranhados no Ministério Público como em qualquer outra instituição.
Com um agravante: os procuradores são como príncipes. Não passam pelo
filtro do voto popular e gozam de uma blindagem e imunidade que nenhum
parlamentar, ministro ou mesmo presidente da república, possuem.
Além
disso, não é difícil observar, no seio do Ministério Público, a
presença de uma mentalidade profundamente aristocrática, e um
preconceito muito grande contra a classe política, vista como inculta,
corrupta e incompetente. A figura de Lula, especialmente, por encarnar
exatamente o oposto do perfil sociológico de um membro do Ministério
Público, desperta um ódio irracional.
No
julgamento do mensalão, esse ódio corporativo veio à tôna com muita
força. Ao apresentar oficialmente a denúncia, Roberto Gurgel, não expõe
somente os supostos fatos que deveriam levar à condenação: ele faz um
discurso muito mais adjetivo do que substantivo. É um discurso de
ódio e ressentimento. Como figura mais importante do Ministério Público
naquele momento, Gurgel representava o neocoronelismo burocrático, já
denunciado por Raymondo Faoro, cuja obra, ironicamente, é citada por
Gurgel no discurso, mas sob um viés totalmente deturpado; Faoro
antevira o golpe de Estado de 64 ao alertar que o coronelismo renascia
disfarçado na burocracia.
O
neocoronelismo burocrático, alertava Faoro, seria a maneira como as
elites reagiam à democracia, sobretudo quando, após Vargas, perdem as
prerrogativas de controlar (e fraudar) o processo eleitoral. Para
setores da elite, a democracia implica em perda de poder. Por isso, o
espírito de vingança, que perdura até hoje.
A
perseguição de Serra Azul contra Lula, enquanto FHC é deixado em paz,
reflete esse espírito vingativo e aristocrático do Ministério Público.
FHC mereceu ser presidente, porque estudou na Sorbonne e fala
francês. Lula não. Lula tem de pagar pelo crime de ganhar as eleições e
governar o Brasil. Com o julgamento do mensalão, derrubaram alguns
dos melhores quadros políticos do PT. Agora é a vez do próprio Lula.
Miguel do Rosário No Tijolaço |
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Posted: 30 Nov 2013 11:00 AM PST
A Veja manda o seguinte recado: bateu o cagaço na Casa Grande! É guerra: Veja manda recado cifrado ao PT
Reportagem
deste fim de semana da revista Veja é o primeiro disparo diretamente
relacionado às eleições presidenciais de 2014; texto sobre a agência
Pepper ataca, sem nomeá-lo, o jornalista Leandro Fortes, ex-Carta
Capital. "A primeira aquisição da Pepper, com vistas a 2014, fechada
recentemente, foi, como era de esperar, a contratação de um conhecido e
experimentado especialista em difamação"
No 247
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Posted: 30 Nov 2013 05:15 AM PST
Quem lida com pesquisa de opinião vê o aumento de eleitores que dizem odiar algo ou tudo na política
por Marcos Coimbra, em CartaCapital, através do Viomundo
A figura de Joaquim Barbosa faz mal à cultura política brasileira. Muito já se falou a respeito de como o atual presidente do Supremo conduziu o julgamento da Ação Penal 470, a que trata do “mensalão”. Salvo os antipetistas radicais, que ficaram encantados com seu comportamento e o endeusaram, a maioria dos comentaristas o criticou.
Ao
longo do processo, Barbosa nunca foi julgador, mas acusador. Desde a
fase inicial, parecia considerar-se imbuído da missão de condenar e
castigar os envolvidos a penas “exemplares”, como se estivesse no
cumprimento de um desígnio de Deus. Nunca mostrou ter a dúvida
necessária à aplicação equilibrada da lei. Ao contrário, revelou-se um
homem de certezas inabaláveis, o pior tipo de magistrado.
Passou
dos limites em seu desejo de vingança. Legitimou evidências tênues e
admitiu provas amplamente questionáveis contra os acusados, inovou em
matéria jurídica para prejudicá-los, foi criativo no estabelecimento de
uma processualística que inibisse a defesa, usou as prerrogativas de
relator do processo para constranger seus pares, aproveitou-se dos
vínculos com grande parte da mídia para acuar quem o confrontasse.
Agora,
depois da prisão dos condenados, foi ao extremo de destituir o juiz
responsável pela execução das penas: parece achá-lo leniente. Queria
dureza.
Barbosa
é exemplo de algo inaceitável na democracia: o juiz que acha
suficientes suas convicções. Que justifica sua ação por pretensa
superioridade moral em relação aos outros. E que, ao se comportar dessa
forma, autoriza qualquer um pegar o porrete (desde que se acredite
“certo”).
Sua figura é negativa, também, por um segundo motivo.
Pense
em ser candidato a Presidente da República ou não, Barbosa é um
autêntico expoente de algo que cresceu nos últimos anos e que pode se
tornar um grave problema em nossa sociedade: o sentimento de ódio na
política.
Quem
lida com pesquisas de opinião, particularmente as qualitativas, vê
avolumar-se o contingente de eleitores que mostram odiar alguma coisa ou
tudo na política. Não a simples desaprovação ou rejeição, o desgostar
de alguém ou de um partido. Mas o ódio.
É
fácil constatar a difusão do fenômeno na internet, particularmente nas
redes sociais. Nas postagens a respeito do cotidiano da política, por
exemplo sobre a prisão dos condenados no “mensalão”, a linguagem de
muitos expressa intenso rancor: vontade de matar, destruir, exterminar. E
o mais extraordinário é que esses indivíduos não estranham suas
emoções, acham normal a violência.
Não
se espantam, pois veem sentimentos iguais na televisão, leem
editorialistas e comentaristas que se orgulham da boçalidade. Os
odientos na sociedade reproduzem o ódio que consomem.
Isso
não fazia parte relevante de nossa cultura política até outro dia.
Certamente houve, mas não foi típico o ódio contra os militares na
ditadura. Havia rejeição a José Sarney, mas ninguém queria matá-lo.
Fernando Collor subiu e caiu sem ser odiado (talvez, apenas no confisco
da poupança). Fernando Henrique Cardoso terminou seu governo reprovado
por nove entre 10 brasileiros, enfrentou oposição, mas não a cólera de
hoje.
O
ódio que um pedaço da oposição sente atualmente nasce de onde? Da
aversão (irracional) às mudanças que nossa sociedade experimentou de
Lula para cá? Do temor (racional) que Dilma Rousseff vença a eleição de
2014? Da estupidez de acreditar que nasceram agora os problemas (como a
corrupção) que inexistiam (ou eram “pequenos”)? Da necessidade de
macaquear os porta-vozes do conservadorismo (como acontece com qualquer
modismo)?
Barbosa
é um dos principais responsáveis por essa onda que só faz crescer.
Consolidou-se nesse posto nada honroso ao oferecer ao País o espetáculo
do avião com os condenados do “mensalão” rumo a Brasília no dia 15 de
novembro. Exibiu-o apenas para alimentar o ódio de alguns.
A
terceira razão é que inventou para si uma imagem nociva à democracia. O
papel que encena, de justiceiro implacável e ferrabrás dos corruptos, é
profundamente antipedagógico.
Em
um país tão marcado pelo personalismo, Barbosa apresenta-se como
“encarnação do bem”, mais um santarrão que vem de fora da política para
limpá-la. Serve apenas para confirmar equívocos autoritários e
deseducar a respeito da vida democrática.
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Posted: 30 Nov 2013 05:12 AM PST
Há
um pensamento majoritário na opinião pública leiga e um consenso no
sistema judicial – incluindo desembargadores, juízes, procuradores,
advogados. O pensamento majoritário leigo é de que o presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa é um herói. O consenso no
meio jurídico é que trata-se de um desequilibrado que está
desmoralizando a Justiça e, principalmente, o mais alto órgão do
sistema: o STF.
No
seminário de dois dias sobre “Democracia Digital e a Justiça” –
promovido pelo Jornal GGN – Barbosa foi a figura dominante nos debates e
nas conversas.
O
advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakai, lembrou a cena da
semana passada, na qual Barbosa acusou todo o tribunal de fazer
“chicana” – na linguagem jurídica, malandragem para atrasar julgamentos.
A única voz que se levantou protestando foi a do calado Teori
Zavascki. Os demais recuaram, com receio da baixaria – o mesmo receio
que acomete um cidadão comum no bar, quando entra um bêbado ou um
alucinado distribuindo desaforos.
***
Hoje em dia, há um desconforto generalizado no meio jurídico com a atuação de Barbosa.
O
Código da Magistratura proíbe que juízes sejam proprietários de
empresas ou mantenham endereço comercial em imóveis funcionais. O órgão
incumbido de zelar por essa proibição é o Conselho Nacional de Justiça
(CNJ). Barbosa é a única exceção de magistrado que desobedeceu a essa
obrigação. Ao mesmo tempo, é o presidente do STF e do CNJ. Como se pode
tolerar essa exceção?
Se
algum juiz federal abrir uma representação junto ao CNJ para saber se
liberou geral, qual será a resposta do órgão? E se não abriu, como
tolerar a exceção?
***
Outro
princípio sagrado é o do juiz natural. Um juiz não pode ser removido
de uma função por discordância com suas opiniões. Barbosa pressionou o
Tribunal de Justiça do Distrito Federal a remover o juiz da execução
das penas dos condenados do “mensalão”, por não concordar com sua
conduta.
A
OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com uma representação junto
ao CNJ, não contra Barbosa – respeitando seu cargo de presidente do
STF, mas contra o presidente do TJ do Distrito Federal. Se o CNJ acatar a
representação, automaticamente Barbosa estará incluído. E como
conviver com um presidente do STF que não respeita a própria lei?
***
No
fechamento do seminário, o decano dos juristas brasileiros, Celso
Antônio Bandeira de Mello, falou duramente sobre Barbosa. “Dentre todos
os defeitos dos homens, o pior é ser mau. Por isso fiquei muito
irritado com o presidente do STF: é homem mau, não apenas pouco
equilibrado, é mau”.
Na
sua opinião, a maneira como a mídia cobriu as estripulias de Barbosa
colocou em xeque a própria credibilidade dos veículos. “Como acreditar
em quem dizia que Joaquim era o grande paladino da justiça e, agora,
constata-se que é um desequilibrado? Devemos crer em quem?”.
***
O fato é que o show midiático na cobertura da AP 470 criou o maior problema da Justiça brasileira desde a redemocratização.
Ninguém
do meio, nem seus colegas, nem os Ministros que endossaram seus votos,
nem a própria mídia que o incensou, têm dúvidas sobre seu
desequilíbrio e falta de limites.
Mas quem ousará mostrar a nudez de um herói nacional de histórias em quadrinhos?
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Posted: 30 Nov 2013 05:09 AM PST
Sob intensas críticas nos blogs, nas redes sociais e com a manifestação do "Farinhaço na Assembléia", a TV Globo finalmente desenterrou a notícia da apreensão do helicóptero dos Perrella com meia tonelada de pasta base de cocaína, e falou sobre alguns detalhes que todo mundo que acessa a internet já sabia. O Jornal Nacional mostrou até o "Farinhaço", onde manifestantes espalharam farinha na porta da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, simulando carreiras de cocaína e levaram helicópteros de brinquedo, em protesto contra o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG) e seu pai, o senador Zezé Perrella (PDT-MG), amigos e aliados do Senador Aécio Neves (PSDB-MG). Um dos alvos do "Farinhaço" era justamente a blindagem da mídia, pois a apreensão do helicóptero demorou três dias para ser noticiada no Jornal Nacional, enquanto todos os outros noticiários mais sérios, mas de menor audiência, noticiaram logo no primeiro dia. Mas a Globo não falou que os manifestantes exigiam apuração de quem era a cocaína encontrada no helicóptero. Exigiam apuração de escândalos anteriores envolvendo os Perrella. Também queriam a punição do deputado pela contratação do piloto para emprego supostamente fantasma na Assembléia e, caso o combustível do helicóptero pago com dinheiro público tenha sido usado para fins privados ou ilícitos, que também haja responsabilização. Também causa estranheza o esforço da emissora em aliviar os Perrella de qualquer comprometimento, enquanto não faz o jornalismo investigativo básico de procurar saber quem era o dono da droga. A Polícia Federal, apesar de não fazer ilações irresppnsáveis, nem aplicar a presunção de culpa a ninguém, como é o correto a fazer, não descartou nenhuma linha de investigação, ao contrário do que disse a Globo. O vídeo acima, divulgado no Youtube mostra melhor o espírito da manifestação "Farinhaço na Assembleía", com cenas e falas relevantes que a edição do Jornal Nacional censurou. |
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Posted: 30 Nov 2013 05:05 AM PST
Em 2008, publiquei aqui a postagem Nem Civita lê a Veja, em que ele discorria sobre o leitor típico da revista Veja: Roberto Civita: “... Os leitores clamam, (...), querem que a sua revista se indigne. Eles querem. Os brasileiros, hoje, não posso falar de outras partes do planeta, mas os leitores de Veja querem a indignação de Veja. Eles ficam irritados conosco quando não nos indignamos. Estou tentando explicar, não justificar. Acho que Veja se encontra toda semana na difícil posição, de um lado, de saber que reportagem é reportagem e opinião é opinião, sendo que não tem editoriais além daquele da frente; e, de outro, sabendo que os leitores..."Flagrante de reportagem de uma emissora de TV mostrou como é esse leitor típico (no caso, uma leitora) de Veja em ação. Que me desculpe a senhora tão cruamente exposta na reportagem. Meu intuito aqui não é atacá-la. É uma senhora com dificuldades de andar, não sei que remédios toma, que dores suporta, que problemas enfrenta, enfim, não sei o que a levou à explosão de fúria, ao vulcão que despejou a lava de seus ressentimentos. Essa lava é que me interessa, que me faz reproduzir aqui no blog o vídeo de sua fúria, tão perfeitamente definida por Civita como a de um leitor típico de Veja. Confiram o vídeo e logo após a reprodução da postagem de 2008 (porque pesquisa mostra que leitor típico tem preguiça de seguir links...), com os comentários sobre Civita e Veja.
Nem Civita lê a Veja
(3 de janeiro de 2008)
Pelo
menos é a conclusão a que se chega ao ler o artigo publicado pelo
editor da revista e presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, no
último número da Veja de 2007, e que foi reproduzido no Blog do Nassif.
Com
elogios ao governo do presidente Lula, Civita mostra que ou bem não lê
a revista ou o faz, mas não acredita numa única linha do que é
publicado ali. Sabe que o que a Veja e seus pitblogueiros fazem não é
jornalismo, é apenas colocar lenha na fogueira dos indignados úteis para vender revista.
Pelo menos foi o que ele confessou em entrevista à newsletter eletrônica Jornalistas & Cia, em julho do ano passado, que comentei aqui.
Roberto Civita: “... Os leitores clamam, (...), querem que a sua revista se indigne. Eles querem. Os brasileiros, hoje, não posso falar de outras partes do planeta, mas os leitores de Veja querem a indignação de Veja. Eles ficam irritados conosco quando não nos indignamos. Estou tentando explicar, não justificar. Acho que Veja se encontra toda semana na difícil posição, de um lado, de saber que reportagem é reportagem e opinião é opinião, sendo que não tem editoriais além daquele da frente; e, de outro, sabendo que os leitores..."Que o presidente do Grupo Abril e editor de Veja não leia a revista que edita ou não acredite no que ela publica é notícia para ter uma repercussão maior do que a que teve. O que só prova o nível de descrédito a que chegou a outrora respeitável publicação. |
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Posted: 30 Nov 2013 04:54 AM PST
A
prisão dos condenados no processo conhecido como Mensalão mobilizou a
mídia nacional no feriado de 15 de novembro. As principais emissoras
de televisão transmitiram as prisões ao vivo e programas jornalísticos
deram grande destaque ao assunto com uso de câmeras exclusivas e
recursos de arte para mostrar ao espectador detalhes das celas e da
penitenciária em Brasília.
Os
jornais impressos ampliaram o espaço para o fato principal, o mesmo
se refletiu nas revistas semanais, nos sites jornalísticos e nas redes
sociais.
A
espetacularização da detenção dos réus e de todo o processo foi
turbinada pelas transmissões das sessões do Supremo Tribunal Federal.
Para os especialistas, a mídia teve um papel central no julgamento do
Mensalão e os holofotes da mídia podem ter influenciado a decisão do
STF.
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Posted: 30 Nov 2013 04:46 AM PST
O
futuro da Abril, como o de todas as grandes empresas de mídia, é mais
ou menos como o de uma fábrica de carruagem quando surgiram os
automóveis.
Não sobrou nenhum fabricante de carruagem.
A Abril, para ficar na imagem, sabe que carro não vai produzir, porque sua competência está toda voltada para as carruagens.
Mas está tentando achar outro espaço para evitar o cemitério.
É
o que todos já sabemos, e é o que disseram esta semana ao jornal
Valor Giancarlo Civita, primogênito de Roberto Civita, e o executivo
Fábio Barbosa, presidente executivo da empresa.
Este
espaço se chama educação. Mais que livros, que como as revistas estão
sumindo por força da internet, a aposta se concentra em escolas.
Outras grandes empresas de mídia do mundo já disseram o que pensam a respeito do futuro da mídia impressa.
A
News Corp, de Murdoch, separou seus negócios em dois. A área de
entretenimento, à frente da qual está a Fox, ficou num lado. A de mídia –
jornais como os britânicos Times e Sun e o americano Wall St Journal –
foi para o outro.
A Time Warner fez o mesmo movimento. Separou as revistas e a área de entretenimento.
Em ambos os casos, o objetivo da separação foi evitar que o colapso de jornais e revistas afete os outros negócios.
A Abril não tem nem a Fox e nem a Warner para se agarrar. Daí a esperança depositada na educação.
Na
transição, serão certamente desacelerados, ou simplesmente
eliminados, os investimentos em revistas. Em pouco tempo, é difícil
imaginar que sobrevivam, na Abril, mais revistas que Veja, Exame, 4
Rodas e Claudia.
Mesmo elas
estarão menores e menos influentes a cada dia, pela excelente razão de
que ninguém mais dá bola para revistas de papel.
O
refúgio na educação, ainda que funcione, marcará uma nova etapa na
vida da Abril. Educação está longe de dar o poder de influência que a
mídia dá, e a rentabilidade é muito menor.
Os
filhos de Roberto Civita provavelmente gostariam de vender a divisão
de revistas, da qual só virão más notícias daqui por diante.
Mas aí entra um paradoxo, uma espécie de ajuste de contas da história com gente que mamou no Estado.
Vigora
na mídia uma inacreditável reserva de mercado. O Brasil se abriu à
competição estrangeira nos últimos vinte anos, mas a mídia – por seu
poder de intimidação – continuou protegida.
Estrangeiros podem comprar apenas 30% das ações das empresas. No caso da Abril, isso já foi feito.
Durante muitos anos, a reserva ajudou. Você ficava livre de competidores temíveis de mercados mais avançados.
Mas
agora veio a ressaca. A reserva limita severamente as possibilidades
de vender uma empresa. Quem, no Brasil, teria dinheiro para comprar
uma grande empresa de mídia?
Não
será surpresa se as empresas se juntarem, em algum momento, para
reverem uma legislação que as favoreceu absurdamente. Se você quer
vender e cair fora do negócio, a reserva já não significa nada senão um
obstáculo à venda.
Com o
mesmo entusiasmo cínico usado para defender a reserva – a Globo chegou
a falar no risco de propaganda comunista se uma emissora chinesa se
instalasse no Brasil – as companhias de mídia defenderão o oposto.
Vai ser interessante acompanhar os próximos anos na mídia.
Paulo Nogueira No DCM |
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Posted: 30 Nov 2013 04:43 AM PST
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Posted: 30 Nov 2013 04:37 AM PST
TRATADO
COM TODO O RESPEITO E COM PLENA OBSERVÂNCIA DA BOA PRÁTICA DA JUSTIÇA.
JEFFERSON ERA PRESIDENTE DO PT....................B
Quanto
mais correto e prudente, sensato e humano em relação à decretação da
prisão de Roberto Jefferson, o Ministro Joaquim Barbosa deixa evidente o
quanto foi precipitado, imprudente, arbitrário e cruel em relação ao
ex-presidente do PT, sem o B, José Genoíno
André Richter - Agência Brasil
Brasília
– O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa,
determinou hoje (29) que uma junta médica avalie o estado de saúde do
presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson. Ele foi condenado a
sete anos e 14 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, em regime semiaberto, na Ação Penal 470, o processo do
mensalão.
Uma
junta médica do Instituto Nacional do Câncer, do Rio de Janeiro, deve
ser composta em 24 horas. Segundo Barbosa, os médicos deverão
esclarecer se Jefferson pode cumprir a pena em uma penitenciária ou deve
cumprir prisão domiciliar. No ano passado, Jefferson passou por
cirurgia para a retirada de um tumor no pâncreas.
Segundo
Barbosa, o regime domiciliar pode ser concedido ao condenado, mas ele
deverá provar a gravidade da doença. “Considerando o relatório médico
apresentado pelo sentenciado nos embargos de declaração, que dá conta
de tratamento por “neoplasia maligna da cabeça do pâncreas”, à qual se
seguiram “incremento de deficiência nutricional crônica de que era
portador” e “episódios intermitentes de febre aferida”, mostra-se
condizente com as finalidades da execução penal o pronto exame do pedido
feito pelo sentenciado Roberto Jefferson, antes de dar início à
execução da sua pena”, decidiu o presidente.
Na
fase de julgamento dos recursos contra as condenações, a defesa de
Jefferson pediu ao Supremo que a pena fosse substituída por prisão
domiciliar, mas o pedido não foi analisado. Para Barbosa, "as
formalidades legais" não foram observadas.
Na
época, a defesa de Jefferson fez a solicitação alegando questão
humanitária: “Requere-se ao menos, tendo em visto ao gravíssimo estado
de saúde em ele se encontra que, por uma questão legal e, acima de tudo,
humanitária, seja substituída por sanções restritivas de direito, sob
pena de, no seu caso, a eventual execução da pena corporal num
estabelecimento prisional transformar-se em verdadeira pena de morte”.
Edição: Beto Coura
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Posted: 30 Nov 2013 04:32 AM PST
O
impacto do reajuste da gasolina e diesel na inflação será pequeno. O
preço deve variar 5 centavos por litro para quem abastece seu veículo.
Para a Petrobras, porém, o reajuste é importante, pois vai reduzir a
diferença entre o preço dos combustíveis no mercado internacional e o
praticado no Brasil. Para o governo, o reajuste agora, é bom, pois
melhora o CAIXA sem prejudicar o controle da inflação, e ainda reduz a
pressão sobre a empresa, que mostra ter fôlego para continuar com seus
ambiciosos projetos.
Petrobras reajusta preços da gasolina e do diesel nas refinarias
30/11/2013 - Economia -
Elaine Patricia Cruz -
Repórter da Agência Brasil
São
Paulo – A Petrobras reajustou ontem (29/11) os preços da gasolina e do
óleo diesel para as refinarias. Segundo fato relevante divulgado pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início da noite de hoje, a
gasolina será reajustada em 4% e o óleo diesel em 8%. De acordo com o
comunicado, os novos valores entrarão em vigor a partir da meia-noite
desta sexta-feira.
O
último reajuste da gasolina ocorreu no dia 30 de janeiro, um aumento
de 6,6%. Já o diesel subiu 5,4% e mais 5% no dia 6 de março.
Segundo
a Petrobras, o reajuste busca alcançar “a convergência dos preços no
Brasil” com os preços vigentes no mercado internacional. O valor do reajuste, segundo a empresa, não inclui os tributos federais (PIS/Cofins e a Cide) e estaduais (ICMS).
Hoje
o ministro da Fazenda Guido Mantega, que preside o Conselho de
Administração da Petrobras, esteve na sede da empresa, em São Paulo,
reunido com o conselho, que definiu o valor do reajuste.
Edição: Aécio Amado
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Posted: 30 Nov 2013 04:25 AM PST
“O
documentado condomínio entre o PSDB, cartéis e a prática sistêmica de
sobrepreço nas licitações do metrô paulista era do conhecimento da mídia
desde 2009.
Saul Leblon, Carta Maior
A régua seletiva da emissão conservadora vive mais uma quadra de exibição pedagógica.
Vísceras, troncos e membros do grupo proprietário do Hotel Saint Peter, em Brasília, no qual trabalhará o ex-ministro José Dirceu, por apreciáveis R$ 20 mil, diga-se – se fossem R$ 5 mil ou R$ 10 mil as suspeitas seriam menores?-- estão sendo trazidos a público em cortes sugestivos. Chegam desossados e moídos. Salgados e pré-cozidos, basta engolir, sendo facilmente digeríveis em sua linearidade. Sem guarnição, recomenda o chef. Assim costuma ser, em geral, com as informações que formam o cardápio de fatos ou acusações relacionados ao PT. Uma farofa seca de areia com arame farpado. E assim será com o exercício do regime semiaberto facultado ao ex-ministro. A lente da suspeição equivale desde já a um segundo julgamento. Com as mesmas características do primeiro. Recorde-se o jornalismo associado ao crime organizado que não hesitou em invadir o quarto de hotel do ex-ministro, em Brasília, para instalar aparelhos de escuta, espionar gente e conversas no afã de adicionar chibatadas ao pelourinho da AP 470. O cenário esquadrejado em menos de uma semana –o emprego foi contratado na última 6ª feira— diz que não será diferente agora. O dono do hotel é filiado a partido da base do governo (PTN), revela a Folha. Tem negócios na área da comunicação. Uma de suas emissoras, a Top TV, com sede em Francisco Morato (SP), conquistou recentemente o direito de transferir a antena para a Avenida Paulista. Suspeita. A Anatel informa que não, a licença foi antecedida de audiência pública. Sim, mas a Folha desta 5ª feira argui tecnicalidades, cogita riscos de interferência em outros canais etc Não só. Dono também de rádios, o empregador de Dirceu operou irregularmente uma antena instalada em terraço do Saint Peter, diz o jornal ainda sem mencionar o andar. Deve ser o 13º. A mesma Folha investiga ainda encontros do empresário --membro de partido da base aliada-- com o ministro Paulo Bernardo. Da Comunicação. A esposa do ministro é pré-candidata ao governo do Paraná.. Vai por aí a coisa. Alguém com o domínio de suas faculdades mentais imaginaria que o ex-ministro José Dirceu, um talismã eleitoral lixiviado há mais de cinco anos no cinzel conservador, obteria um emprego em qualquer latitude do planeta sem a ajuda de aliados ou amigos? O ponto a reter é outro. Avulta dessa blitzkrieg uma desconcertante contrapartida de omissão: quando se trata de cercar pratos compostos de personagens e enredos até mais explosivos, extração diversa, impera a inapetência investigativa. O braço financeiro da confiança de José Serra, Mauro Ricardo, seria um desses casos de inconcebível omissão se as suas credenciais circulassem na órbita do PT? A isso se denomina jornalismo de rabo preso com o leitor? Tido como personalidade arestosa, algo soberba, Mauro Ricardo reúne predicados e rastros que o credenciariam a ser um ‘prato cheio’ do jornalismo investigativo. O economista acompanha Serra desde quando o tucano foi ministro do Planejamento (1995/96); seguiu-o na pasta da Saúde (1998/2002), sendo seu homem na Funasa, de cujos funcionários demitidos Serra ganharia então o sonoro apelido de ‘Presidengue’, na desastrosa derrota presidencial de 2002. Nem por isso Mauro Ricardo perdeu a confiança do chefe, sendo requisitado por Serra quando este assumiu a prefeitura de São Paulo, em 2004/2006, ademais de acompanha-lo, a seguir, no governo do Estado. Quando o tucano foi derrotado pela 2ª vez nas eleições presidenciais de 2010, Mauro Ricardo voltou ao controle do caixa da prefeitura, sob a gestão Kassab. Esse, o trajeto da caneta que mandou arquivar as investigações contra aquilo que se revelaria depois a maior lambança da história da administração pública brasileira: o desvio de R$ 500 milhões do ISS de São Paulo, drenados ao longo do ciclo Serra/Kassab por uma máfia de fiscais sob a jurisdição de Mauro Ricardo. O que mais se sabe sobre esse centurião? Muito pouco. Seus vínculos, eventuais negócios ou sócios, círculos de relacionamento e histórias da parceria carnal com o candidato de estimação da mídia conservadora nunca mobilizaram esforço investigativo equivalente ao requisitado na descoberta de uma antena irregular num terraço do Hotel Saint Peter, em Brasília. Evidencia-se a régua seletiva. Que faculta ao tucano Aécio –e assemelhados- exercitar xiliques de indignação ante as evidências de uma fusão estrutural entre o tucanato de SP, cartéis multinacionais e a prática sistêmica de sobrepreço nas compras do metrô paulista - desde o governo Covas. Dados minuciosos do longevo, profícuo matrimônio, são conhecidos e circulam nos bastidores da mídia, de forma documentada, desde 2009. Quem confessa é o jornal Folha de SP desta 5ª feira. Repita-se, o repórter Mario Cesar Carvalho admite, na página 11, da edição de 28/11/2003 do jornal, que se sabia desde 2009 da denúncia liberada agora pelo ‘Estadão’ –cujo limbo financeiro pode explicar a tentativa de expandir o universo leitor com algum farelo de isenção. Por que em 2009 esse paiol não mereceu um empenho investigativo ao menos equivalente ao que se destina aos futuros empregadores de José Dirceu? O calendário político da Folha responde. Em 2010 havia eleições presidenciais; o jornal preferiu investir na ficha falsa da Dilma a seguir os trilhos do caixa 2 tucano em SP. No seu conjunto, a mídia tocava o concerto do ‘mensalão petista’. Dissonâncias não eram, nem são bem-vindas. Transita-se, portanto, em algo além do simples desequilíbrio editorial. Temas ou versões conflitantes com a demonização petista mereceram, ao longo de todos esses anos, o destino que lhes reserva a prática dos elegantes manuais de redação: ouvir o outro lado, sem nunca permitir que erga a cabeça acima da linha da irrelevância. Assim foi, assim é. Só agora – picados e salgados os alvos em praça pública-- o pressuroso STF lembrou-se de acionar o Banco do Brasil para cobrar o suposto assalto aos ‘cofres públicos’ da AP 470. Pedra angular das toneladas de saliva com as quais se untou os autos do maior julgamento-palanque da história brasileira, só agora, encerrado o banquete, cogita-se do prato principal de R$ 70 milhões esquecido na cozinha? O esquecimento serviu a uma lógica. Até segunda ordem, perícia rigorosa providenciada pelo BB ofereceu uma radiografia minuciosa de recibos e provas materiais dando conta do uso efetivo do dinheiro nas finalidades de patrocínio e publicidade contratadas. O documento capaz de trincar a abóboda da grande narrativa conservadora, nunca mereceu espaço à altura de seus decibéis no libreto dominante. Ao mesmo tempo, o que a Folha admite agora, como se isso mitigasse o escândalo do metrô (‘Papéis que acusam o PSDB circulam há mais de quatro anos’) corrobora a percepção de que estamos diante de uma linha de coerência superlativa. Ela traz a marca de ferro do que de pior pode ostentar quem se evoca a prerrogativa da informação isenta. ‘Cumplicidade’ diz o baixo relevo inscrito nas páginas e na pele daqueles que ironicamente, destinaram à opinião pública, durante todos estes anos, o livre discernimento que se dispensa ao gado na seringa do abate.” |
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Posted: 30 Nov 2013 04:21 AM PST
“Empresa de indiciado no escândalo foi a segunda maior doadora da campanha de filho de Covas
Fausto Macedo, Fernando Gallo, Ricardo Chapola / O Estado de S. Paulo
A
Focco Tecnologia, empresa de ex-diretores da Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos (CPTM) suspeitos de envolvimento com o cartel
metroferroviário em São Paulo, foi a segunda maior doadora da campanha
do vereador tucano Mário Covas Neto, o Zuzinha, em 2012.
A
consultoria também deu dinheiro, em menores quantidades, a outros
políticos do PSDB na campanha de 2010, que hoje estão no primeiro
escalão do governo Geraldo Alckmin (PSDB): o secretário estadual de Meio
Ambiente e deputado estadual licenciado Bruno Covas e o secretário estadual de Energia e deputado federal licenciado, José Aníbal.
Sócios
da empresa, os ex-diretores da CPTM João Roberto Zaniboni e Ademir
Venâncio de Araújo foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de
corrupção, lavagem de dinheiro, formação de cartel e crime financeiro. Zaniboni foi condenado pela Justiça da Suíça por lavagem de dinheiro.
A Focco já recebeu R$ 32,9 milhões do governo paulista entre 2010 e 2013 por serviços de consultoria. Ela assinou contratos
para "supervisão de projetos" com CPTM, Metrô, Agência Reguladora de
Transportes do Estado (Artesp), Secretaria de Transportes Metropolitanos
e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).
A PF aponta Zaniboni e Araújo como "intermediários no pagamento
de propinas" para beneficiar cartel no sistema metroferroviário
suspeito de atuar nos governos tucanos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e
José Serra.
Zuzinha
e Bruno Covas são, respectivamente, filho e neto do ex-governador Mário
Covas. Este era o governador em 1998, ano em que a multinacional alemã
Siemens sustenta ter começado a operar o cartel no setor
metroferroviário do Estado. Covas morreu em 2001, foi sucedido pelo
então vice, Alckmin, atual governador, que terminou o seu mandato.
A
Focco doou R$ 50 mil para Zuzinha em 2012, ano da primeira campanha do
filho de Covas. Era a segunda maior doadora do total de R$ 904,7 mil que
o vereador declarou ter recebido. Ele ficou em oitavo lugar nas
eleições, com 61 mil votos, e assim conquistou uma das 55 cadeiras do
Legislativo municipal.
Em
2010, a consultoria de Zaniboni e Araújo já havia doado para as
campanhas do sobrinho de Zuzinha, Bruno Covas, e de José Aníbal. Bruno
acabaria se tornando o deputado estadual mais votado, com 239.150 votos.
Ele contou com uma doação de R$ 2 mil, e Aníbal com uma de R$ 4 mil.
O
atual secretário de Energia do Estado ainda recebeu uma doação de R$ 2
mil do consultor Arthur Teixeira, apontado pelo Ministério Público como
lobista do cartel. Aníbal foi eleito como o 19.º deputado federal mais
bem votado, com 170.957 votos.
Todos dizem que as doações foram regulares e atenderam às exigências da Justiça Eleitoral.
Desligamento.
Zaniboni e Araújo, sócios da Focco, foram os primeiros agentes públicos
a serem indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investiga o
cartel dos trens - há outros indiciamentos envolvendo o cartel, mas no
setor de energia.
Zaniboni
foi diretor de Operações e Manutenção da CPTM entre 1999 e 2003, e
Araújo foi diretor de Obras e Engenharia da estatal entre 1999 e 2001.
Zaniboni se tornou sócio da Focco em 2008, quando já estava fora da
estatal do governo tucano. Após ter seu nome envolvido com o escândalo
do cartel, em agosto deste ano, ele deixou a sociedade com Araújo.”
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Posted: 30 Nov 2013 04:17 AM PST
“Ser
feito de bobo da corte parece ser um papel histórico da classe média
que você pode romper, para seu próprio benefício; saiba como
Ricardo Whiteman Muniz, DCM
1. Você que é classe média, seja a favor da redução de impostos, sim: menos impostos para a classe média e imposto zero para famílias pobres, para periferias. Defenda mais imposto para ricos. Essa agenda, a da tributação progressiva, a da justiça tributária – paga mais quem tem mais –, é sua. Assim é que vai se financiar a melhoria dos serviços públicos. Não caia na conversa fiada de que imposto para rico, banco, fazenda e empresa é um fardo que inviabiliza a competitividade econômica – na verdade, eles nunca serão a favor de abrir mão de qualquer parte de seus ganhos e lucros, evidentemente, e se pudessem não pagariam nada. Repare como os jornais, a TV, nunca debatem esse tema. Ou melhor, até debatem, mas quando o fazem é sempre do ponto de vista do andar de cima. É um sinal, não acha? 2. Você que é classe média, seja sim a favor do combate à corrupção: a compra de jornais ditos independentes por políticos que tentam tapear você manchete após manchete vendendo como notícia o que é manobra de blindagem; a chantagem de promotores que ameaçam com denúncias para amealhar fortunas; o financiamento privado de campanhas eleitorais, que torna os representantes no parlamento marionetes dos mais diversos interesses empresarias ou de máfias. É óbvio, mas repare que (quase) ninguém defende uma correção radical dessa anomalia. 3. Classe média, não seja complexado(a). A síndrome de vira-lata em relação ao Brasil é sistematicamente alimentada no contexto de uma estratégia geopolítica. Claro, seja crítico. Mas não seja derrotista, envergonhado. Você nasceu aqui, ou veio viver aqui: defenda seu lugar. Repare que muitas vezes o noticiário que você lê, ouve ou vê, embora seja veiculado em português, parece ter sido produzido fora daqui. Não é curioso? 4. Você que é classe média, seja conservador. Conserve o que vale a pena ser conservado: a Constituição, por exemplo, ou a política de distribuição de renda, ou a excelente concepção do SUS. Lembre que certos tribunos da República de hoje promoveram há pouco tempo a compra de votos para aprovar a reeleição presidencial no curso do primeiro mandato do maior interessado na mudança. Isso que é subversão! Note que forçar condenações sem provas e espernear contra o direito de recorrer é inconstitucional. Isso é subversão. Entenda que educação e saúde públicas, universais e de qualidade liberariam seu orçamento de classe média de um grande fardo. Lembre quem derrubou a CPMF, que financiaria a saúde pública. Pense em quem nunca investiu na expansão das universidades federais. Faça esse esforço e você vai perceber que estão tentando fazer você de bobo. Ser feito de bobo da corte parece ser um papel histórico da classe média que você pode romper, para seu próprio benefício.’ |
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Posted: 30 Nov 2013 04:13 AM PST
Vamos, portanto, a eles, olhando seres humanos em cada uma destas informações." (...)
"Não é preciso fazer um texto de tom “ideológico”, basta transcrever os comentários técnicos do IBGE:
“Nesta década, houve um aumento significativo da proporção de trabalhadores em trabalhos formais, que passou de 44,6%, em 2002, para 56,9%, em 2012. Neste período, o crescimento foi de 12,3 pontos percentuais e ocorreu uma variação um pouco maior no caso das mulheres (13,1 pontos percentuais). Dentre os fatores que contribuíram para esse resultado, pode-se citar a retomada do crescimento econômico, o aumento da renda real, a redução do desemprego, a política da valorização do salário mínimo e a política de incentivo à formalização,como, por exemplo, a criação do Simples Nacional.” E junto com o trabalho decente veio uma renda menos indecente"
Fundamentos da economia são as pessoas, ó turma do tripé…
Fernando Brito - Tijolaço - 29/11/2013 A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada esta manhã pelo IBGE é longa e detalhada. Merece, portanto, que suas mais de 250 páginas sejam lidas e analisadas com atenção. Mas há alguns dados impressionantes, que seleciono para vocês. Dados que mostram a imensa injustiça e o imenso desafio de corrigi-las. E como uma década de políticas socialmente justas nos fizeram avançar. |
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Posted: 29 Nov 2013 09:50 PM PST
Ela é linda, ela é tudo que eu queria, ela entrou no coração. Olhos Claros, que me envolvem de magia, e me deixa sem ação, Não há lugar, que quero estar, se eu não tiver você. Refrão : Me abrace, não vá embora, eu te quero toda hora aa oh Juliana, me dê a mão, me segure, que seja eterno enquanto dure amor, oh Juliana aa, oh Juliana ! |
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